15.11.09

Post de despedida (pelo menos por enquanto!)

Quem frequenta o compulcine já deve ter reparado que a gente parou de atualizar o blog... E isso aconteceu por um motivo simples: tivemos que interromper o projeto. Mas não definitivamente! Começamos em agosto com o ciclo "Festa"na Editora Multifoco, em setembro fizemos o "Cinema e literatura" no Cinema Nosso e em outubro retornamos ao local de origem para exibir filmes que já tinham passado em edições antigas do Festival do Rio, mas que nunca entraram em cartaz. A ideia era apostar num ciclo em homenagem ao Polanksi em em novembro, mas esbarramos na dificuldade de conseguir um espaço disponível para abrigar o projeto. Conclusão: achamos melhor dar um tempo e voltar só em janeiro, depois que toda a confusão de fim de ano passar. Mas planejamos continuar atualizando o Twitter com coisas legais sobre cinema... E em breve esperamos postar aqui a notícia de que estamos de volta, num lugar bacana, com um ciclo mais bacana ainda.

Então até lá!

27.10.09

Cada chá tem um gosto

O diretor japonês Katsuhito Ishii e seu belo filme "O gosto do chá" fecham nesta terça-feira o ciclo de filmes exibidos por aqui durante o Festival do Rio e que nunca chegaram ao circuito. O diretor, que é mais conhecido pela direção da sequência de animação do filme "Kill Bill", de Quentin Tarantino, retrata em "O gosto do chá" o cotidiano de uma família numa zona rural no Japão. De forma delicada, lúdica e muitas vezes surreal, o diretor mostra, mais do que a vida em família, o universo vivido intimamente por cada um de seus membros, sejam eles a menina que precisa superar um obstáculo, o adolescente que vive sua primeira paixão ou o avô excêntrico.

Uma bela forma de conhecer um pouco mais do diretor e do filme é ler a crítica publicada pela revista Contracampo, neste link.

É nesta terça-feira, dia 27, a partir das 20h30, na Editora Multifoco. Na Avenida Mem de Sá 126, na Lapa. Entrada franca! Informações: 2222-3430.

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Ah, e quem vai ao compulcine ganha brinde! Nesta terça-feira, quem comparecer à sessão ganha um par de ingressos para assistir "Velhas guardas - os encontros". O documentário de Joatan Berbel mostra os rituais dos encontros das velhas guardas das escolas de samba do Rio e estreia no dia 30, no Cine Glória.

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Só mais uma: o compulcine elaborou um podcast afetivo, íntimo e pessoal só com músicas de trilhas sonoras de filmes, especialmente para os amigos do baile Curinga. É o "Soundtrack Feelings"! Vai lá ouvir!

18.10.09

Sob controle: a filha do mestre em ação

Estilização da violência, belo uso de saturações e cores, trilha sonora certeira, leve clima surreal... não, não estamos falando do mestre supremo David Lynch, mas de sua cria. É Jennifer Lynch voltando a dirigir um longa-metragem 15 anos depois de sua estréia com "Encaixotando Helena". Em "Sob controle", exibido ano passado no Festival do Rio e atração da próxima terça-feira no compulcine, ela narra a história de um casal de agentes do FBI - vividos por Julia Ormond e Bill Pullman - que chega a uma cidade do interior para investigar uma chacina.

A principal força do longa está na narrativa. A história vai sendo contada através dos depoimentos contraditórios de testemunhas e, principalmente, do que elas não falam. A tensão e os sustos obrigatórios aos filmes do gênero estão lá, mas a diretora consegue ir além ao amarrar as histórias, interligar todos os personagens e deixar o espectador no escuro, já que vamos descobrindo os pormenores da história junto com os detetives. A premissa pouco original acaba por revelar um filme esperto, irônico, com altas doses de humor negro. Jennifer aprendeu diretinho em casa.

É na próxima terça-feira, dia 20, às 20h30. Na Editora Multifoco, na Av. Mem de Sá 126, Lapa. Entrada franca!

10.10.09

Tempos que não voltam mais

O nome já dá uma pista: "Nosso amor do passado" (Conversations with other woman, 2005) é um filme sobre reencontro. Numa festa de casamento, o irmão da noiva (interpretado por Aaron Eckhart) e a dama de honra (Helena Bonhan Carter) falam sobre suas próprias vidas e relembram o casal que já foram um dia. Além dos diálogos afiados, um dos grandes trunfos do longa, exibido por aqui no Festival do Rio de 2006, é o recurso de tela dividida, em que o espectador acompanha, lado a lado, o que aconteceu no passado e o que está por vir no presente.
Poderia ser mais uma comédia romântica se o tal amor do título já não tivesse acabado. No filme de Hans Canosa, o espectador é convidado a reconstruir, junto com os dois, as lembranças de uma relação que fracassou. O que não impede que um certo lamento se instale no ar, afinal, ambos não parecem muito felizes com seus atuais respectivos: ele namora uma bailarina mais jovem, enquanto ela é casada com um médico que vive em Londres e madrasta de três enteadas. Mas o que fazer quando o tempo e as escolhas parecem nos dizer que já é tarde demais?

A exibição acontece nesta terça, dia 13, na Editora Multifoco, que fica na Avenida Mem de Sá 126, na Lapa. É grátis!

2.10.09

O Festival do Rio continua - pelo menos em espírito - em outubro!

O Festival do Rio já está quase no fim, mas quem quer continuar no clima do evento que é o queridinho dos cinéfilos cariocas não pode perder a programação do compulcine neste mês de outubro. O ciclo "Festival do Rio" vai exibir quatro filmes que foram sucesso na mostra nos últimos anos mas nunca entraram no circuito comercial. Enquanto isso, voltamos a ocupar o espaço da Editora Multifoco, renovada depois das obras que rolaram em setembro.

A programação começa na próxima terça, dia 6 de outubro, com "O jogador de cartas", do mestre do terror italiano Dario Argento. O filme narra a perseguição da polícia de Roma a um serial killer que desafia a polícia para um pôquer virtual: se ele perder, a vítima é libertada; se ganhar, transmite o vídeo do assassinato pela internet.

Nas semanas seguintes, teremos ainda os filmes "Nosso amor do passado", de Hans Canosa, "Sob Controle", de Jennifer Lynch e "O gosto do chá", de Katsuhito Ishii. E voltamos também a promover a nossa festa de encerramento, com DJs convidados! Mais detalhes em breve!

A Editora Multifoco fica na Avenida Mem de Sá 126, na Lapa. A partir das 20h30, com entrada franca! Informações: 2222-3430.


Confira a programação completa

06/10 - "O jogador de cartas", Dario Argento

13/10 - "Nosso amor do passado", Hans Canosa

20/10 - "Sob controle", Jennifer Lynch

27/10 - "O gosto do chá", Katsuhito Ishii



27.9.09

Debate em resumo

Como prometido, vamos resumir nesse post como foi o debate com o David França Mendes, diretor do longa "Um romance de geração", que exibimos na última edição do compulcine, no dia 22 de setembro. O bate papo durou mais ou menos uma hora e foi repleto de perguntas sobre o processo de adaptar uma obra literária (no caso o livro homônimo, do escritor Sério Sant'Anna) para o cinema.
Apesar de ter lido o livro várias vezes, David contou que optou por deixá-lo de lado na hora de escrever o roteiro para ter certeza de que colocaria nele somente as suas impressões. A ideia era criar algo totalmente novo, que tivesse a sua própria marca. Deu certo: Sant'Anna não só aprovou o resultado, como também se sentiu tentado em usar o filme para corrigir o que não gostava no livro. Processo que fica claro na tela, quando assistimos, em meio à ficção, cenas em que diretor, escritor e atores debatem os rumos da obra e o que esperam dela.
Recurso que David encontrou para dar conta de um dos aspectos mais fortes do livro, que é sua escrita em forma de atos, como se fosse uma peça de teatro. A escolha de três atrizes para interpretar a personagem principal, segundo o diretor, também foi uma opção para trabalhar essa peculiaridade... E o público ficou surpreso ao saber que, mesmo sem patrocínio, David rodou o filme todo três vezes, um para cada atriz: a ideia era ter material suficiente para escolher as melhores tomadas de cada uma e montar o produto final.
A falta de recursos também foi um dos assuntos levantados durante o debate. Totalmente independente, o filme foi rodado de madrugada porque era o único período do dia em que atores e equipe de produção podiam se dedicar ao projeto, já que todos trabalhavam em outros lugares... David falou que a única coisa que prometeu a todos era que o filme seria lançado!
Por fim, alguém perguntou o que era mais fácil: ser roteirista ou diretor? David respondeu que, modéstia a parte, ele tinha certeza de que escreve bem... Já dirigir, não faz a mínima ideia. Mas garantiu, brincando, que ser diretor é moleza: basta chegar no set e responder as perguntas que a equipe faz. Simples assim.

24.9.09

Impressões e o resultado da rifa

Fechamos muito bem o ciclo "Cinema e literatura" com a exibição de "Um romance de geração" e o debate com o diretor, David França Mendes. Ele falou sobre o processo de adaptação do livro de Sérgio Sant'Anna, as dificuldades de produzir um filme totalmente independente e sobre essa sua primeira experiência solo na direção. Foi bem bacana! Ainda esta semana postamos aqui um resuminho com os destaques do debate para quem perdeu.

E já que todos estarão no Festival do Rio mesmo, o compulcine interrompe por uma semana sua programação e, portanto, não teremos sessão no dia 29 de setembro! Em 6 de outubro, de volta à Editora Multifoco, estreamos o novo ciclo, que vai exibir longas que passaram pelo Festival do Rio em anos anteriores mas nunca chegaram ao circuito comercial. Fiquem ligados no blog e no Twitter, onde em breve divulgaremos a programação completa!

A sessão dessa terça marcou também o sorteio da rifa de 5 DVDs. O sortudo que levou para casa a nossa seleção internacional de filmes foi o Nelson Vasconcelos, que poderá ver (ou rever), no conforto do lar, "Acossado", de Jean-Luc Godard, "Era uma vez no Oeste", de Sergio Leone, "O sétimo selo", de Ingmar Bergman, "Laranja mecânica", de Stanley Kubrick e "O império dos sentidos", de Nagisa Oshima. A entrega foi feita hoje mesmo e registramos o feliz ganhador com suas novas aquisições, como vocês podem ver na foto abaixo.


18.9.09

Uma aula de adaptação

Se você conhece o trabalho do roteirista David França Mendes e ainda gosta dos livros do escritor Sérgio Sant'Anna, tem dois bons motivos para aparecer na próxima sessão do compulcine. Para encerrar o ciclo "Cinema e literatura", vamos exibir o filme "Um romance de geração" (2008), primeiro longa de David como diretor, elaborado a partir do livro homônimo de Sant'Anna.

Nada mais apropriado, já que o filme aproxima a câmera de um escritor em crise. Após publicar um livro aclamado pela crítica, Carlos Santeiro (interpretado por Isaac Bernat) é esquecido pelo público e se entrega à bebida e ao jogo. Mas vê uma chance de recuperar sua notoriedade quando uma jornalista (vivida por três atrizes: Lorena da Silva, Nina Morena e Susana Ribeiro) decide entrevistá-lo.

A sinopse transmite apenas uma ideia do que será visto na tela, já que o filme inova em formato ao mostrar atores, diretor e escritor lado a lado, discutindo os rumos da obra, como se fosse uma peça de teatro. O resultado é quase uma aula sobre adaptação de literatura para cinema, tema que será discutido, após a sessão, pelo próprio David França Mendes, que aceitou o nosso convite para participar de um debate. Eis o terceiro bom motivo para você não perder!

Quem já foi, sabe: a sessão começa pontualmente às 20h30 no Espaço Cinema Nosso, que fica na Rua do Rezende 80, Lapa. A entrada é franca.

9.9.09

Um mergulho na piscina de François Ozon

Escritora de romances policiais em crise criativa refugia-se em casa de varaneio afastada para escrever seu próximo romance, mas tem sua tranquilidade abalada com a chegada da filha do dono da casa. A sinopse pode não parecer das mais atraentes, mas o grande trunfo de "Swimming pool - à beira da piscina", de François Ozon, está no seu elenco. A diva francesa Charlotte Rampling e a jovem talentosa Ludivigne Sagnier estão brilhantes em cena e exibem uma química indiscutível nos papéis da escritora séria e reprimida/ adolescente libertária e despudorada cujo conflito é a grande mola propulsora do filme.

O longa, atração do compulcine na próxima terça-feira, veio logo depois de "8 mulheres", um dos mais aplaudidos trabalhos do diretor. A trama tem um quê de drama psicológico e análise da sexualidade feminina com mais uma dose de suspense e um desfecho que, apesar de surpreendente, não deve ser encarado como a grande sacada do filme. Melhor é a bela direção de Ozon no embate constante entre as duas personagens e na maneira como relata o processo criativo da escritora.

Além de todos os motivos "sérios" listados acima, os marmanjos ainda têm mais um motivo para conferir "Swimming pool": a beleza das duas atrizes, que é explorada o tempo inteiro pelo diretor, seja nas cenas de sexo ou nos desfiles de Sagnier seminua à beira da piscina.

Na próxima terça-feira, dia 15 de setembro, no Espaço Cinema Nosso, na Rua do Rezende 80, na Lapa (veja o mapa). O filme começa às 20h30m. E é grátis!

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Mais uma novidade é que fechamos a programação da última sessão do ciclo "Cinema e literatura". Vamos exibir o longa "Um romance de geração", de David França Mendes. Adaptação do livro homônimo de Sérgio Sant'Anna, o filme conta a história de um escritor em crise criativa e, em meio à ficção, exibe também cenas de Mendes, Sant'Anna e dos atores ensaiando, mostrando a dificuldade de transpor o romance para as telas. Após a exibição, haverá um debate com o diretor.

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E ainda está rolando a venda de rifas do nosso box internacional de DVDs! Os filmes em jogo são "O sétimo selo", do sueco Ingmar Bergman, "Laranja mecânica", do americano Stanley Kubrick, "Acossado", do francês Jean-Luc Godard, "Era uma vez no Oeste", do italiano Sergio Leone, e "O império dos sentidos", do japonês Nagisa Oshima. Vamos vender os números ainda nas próximas duas sessões, nos dias 15 e 22. Tudo isso pela módica quantia de R$ 3. Quem não puder ir a nenhuma das duas exibições, entra em contato pelo compulcine@gmail.com que a gente dá um jeito!

5.9.09

Quando a ordem é queimar papel

O segundo filme do ciclo "Cinema e Literatura", do compulcine, não vai falar de roteiristas com dificuldade para adaptar um livro ou de escritores com bloqueio criativo.
Dirigido por François Truffaut, "Fahrenheit 451" (1966) vai mais além: mostra como seria o mundo se não houvesse literatura. Baseado no livro homônimo de Ray Bradbury, de 1953, o longa nos transporta para um estado totalitário fictício, onde os livros eram queimados por serem considerados nocivos e propagadores de infelicidade. Somos convidados a acompanhar o bombeiro Montag (Oskar Werner) em sua jornada de trabalho, que nada tem a ver com apagar incêndios, mas sim queimar livros e bibliotecas e prender amantes das letras.

Tudo vai bem até que o personagem conhece Clarisse, uma ativista da resistência (interpretada por Julie Christie), que muda sua visão sobre o que está acontecendo: Montag não só começa a ler, como também passa a se questionar sobre a atitude do governo. Há quem diga que o filme(primeiro em cores do diretor e único falado em inglês) é um dos melhores do gênero ficção científica de todos os tempos... Mas talvez o mais interessante seja perceber como, em plena década de 60, Truffaut já tentava criticar a ignorância da sociedade do consumo e do individualismo em que vivemos hoje.

A exibição será na terça, dia 8 de setembro, as 20h30, no Espaço Cinema Nosso, que fica na Rua do Rezende 80, Lapa. É grátis!

1.9.09

Quer ganhar um box com cinco DVDs?

Vida de cineclubista não é fácil. Mas para tentar angariar algum dinheiro que ajude a pagar as despesas de nossas sessões, resolvemos unir o útil ao agradável: oferecer um mimo bacana aos espectadores e ainda faturar!

Por apenas R$ 3, você entra na rifa de um box de DVDs sensacionais, com representantes de cinco países e de várias cinematografias diferentes. São eles: "O sétimo selo", do sueco Ingmar Bergman, "Laranja mecânica", do americano Stanley Kubrick, "Acossado", do francês Jean-Luc Godard, "Era uma vez no Oeste", do italiano Sergio Leone, e "O império dos sentidos", do japonês Nagisa Oshima.

Para comprar, basta aparecer em uma das sessões do compulcine e procurar pela gente. Quem não puder aparecer, mas ainda assim quiser concorrer, pode enviar uma mensagem para compulcine@gmail.com que a gente dá um jeito!

Hoje já rola a oportunidade de comprar a rifa, na sessão de "Adaptação", de Spike Jonze, que abre o ciclo "Cinema e literatura". A partir das 20h30 no Espaço Cinema Nosso, na Rua do Rezende 80, na Lapa.

28.8.09

Charlie Kaufman em dobro

Histórias lineares não são o forte do roteirista Charlie Kaufman. Em "Adaptação", que escolhemos para abrir o ciclo "Cinema e literatura", ele leva ao último grau seu gosto por misturar histórias paralelas e conflitos entre ficção e realidade. Mas, assim como no anterior "Quero ser John Malkovich", a parceria entre Kauffman e o diretor Spike Jonze rende um filme divertido, inteligente e, acima de tudo, engenhoso.

Nicolas Cage vive Charlie Kaufman(!), um roteirista de cabelos cacheados e aparência meio doida (familiar, não?) que precisa adaptar, para o cinema, o livro "O ladrão de orquídeas". Enquanto tenta realizar a tarefa - praticamente impossível - ele precisa lidar com sua própria personalidade, um tanto depressiva, e a presença de seu irmão gêmeo, também aspirante a roteirista, mas, digamos, um pouco menos talentoso.

O detalhe: toda a história é semi-biográfica, já que Charlie Kaufman (o verdadeiro) de fato tentava adaptar "O ladrão de orquídeas" quando teve um bloqueio criativo e decidiu transformar tudo em filme. O personagem de Donald é fictício, mas também assina o roteiro de "Adaptação" e foi indicado ao Oscar junto com o "irmão".

Difícil de entender? Então apareça dia 1º de setembro, terça-feira, no compulcine para conferir este sensacional trabalho da dupla Kaufman-Jonze, a partir das 20h30. Estreando no Espaço Cinema Nosso, na Rua do Rezende 80, na Lapa, pertinho da Av. Mem de Sá. Quem não sabe direito onde é pode conferir um mapinha aqui. Entrada Franca!

26.8.09

Ah, os problemas técnicos.... e resultado da votação!

Semana de emoções fortes para o compulcine! Na sessão de ontem, infelizmente tivemos problemas técnicos irremediáveis que impossibilitaram a exibição de "O anjo exterminador", de Luis Buñuel. Os espectadores presentes foram especialmente bacanas (muito obrigada a todos, mais uma vez!) e concordaram em assistir outro filme que tínhamos em mãos: "Quando Paris alucina", clássico com Audrey Hepburn e William Holden, que estávamos programando para o próximo mês! No fim das contas, o ciclo "Cinema e literatura" começou mais cedo e essas mudanças repentinas acabaram atrasando a divulgação da programação de setembro. Mas tenham fé! Prometemos liberar todas as informações amanhã. E prometemos também incluir "O anjo exterminador" em algum ciclo futuro, porque não dá para deixar de passar esse filmaço.

O filme de semana que vem, no entanto, já está definido. Nossa votação foi apertada mas, no fim das contas, "Adaptação", de Spike Jonze, abriu vários pontos de frente, levou nove votos e vai abrir o ciclo "Cinema e literatura" na próxima terça, dia 1º de setembro. Em segundo lugar ficou "O livro de cabeceira", com cinco votos; em terceiro, "Louca Obsessão", com quatro; e, no fim, "Janela secreta", que levou dois votos.

Enquanto aguardam (ansiosos, eu sei) a programação, vocês podem aproveitar para conhecer um pouquinho do Espaço Cinema Nosso, que vai abrigar as sessões do compulcine no mês de setembro. Projeção digital, 60 lugares em confortáveis poltronas, lugar para cadeirantes... é negócio de alto nível, pode ir lá conferir. Fica ali pertinho, na Rua do Rezende 80, quase na esquina com a Mem de Sá.

Mais novidades em breve!

24.8.09

Setembro literário e interativo!


Em seu segundo mês de vida, o compulcine chega cheio de novidades em setembro, a partir da semana que vem. Para começar, mudamos de lugar: com as obras da Editora Multifoco, transferimos nossos trapinhos para o Espaço Cinema Nosso, ali pertinho, também na Lapa. É um luxo só: sala de cinema bacana, com projeção digital e poltronas confortáveis.

Para preencher as noites dessas últimas terças-feiras de inverno, fomos buscar a inspiração em outra arte, a literatura, que está em alta esse mês com a Bienal do Livro, de 10 a 20 de setembro. Mas no ciclo "Cinema e literatura" não vamos exibir as melhores adaptações para o cinema de obras literárias. Na programação estão filmes que tratam do universo da escrita e dos livros. É aí que entra a segunda novidade: dessa vez, você poderá escolher o filme que abre o ciclo na próxima terça-feira, dia 1º de setembro. As opções vão abaixo. Você pode votar de várias maneiras: deixando um comentário aqui no blog, postando no Twitter (sem esquecer de colocar o @compulcine na frente da mensagem), pela comunidade do Orkut ou pelo e-mail compulcine@gmail.com. A votação é relâmpago, então, corra! Na quarta-feira divulgamos o resultado e a programação completa, com os outros três filmes que já escolhemos para o ciclo.

Os candidatos:

Adaptação (Adaptation, de Spike Jonze)
Nicolas Cage vive o roteirista Charlie Kaufman (que é, de fato, o roteirista do filme), que precisa adaptar para o cinema o romance "O ladrão de orquídeas", enquanto lida com sua baixa auto-estima, sua frustração sexual e Donald, o irmão gêmeo que vive como um parasita em sua vida e sonha em também se tornar um roteirista.

Janela Secreta (Secret Window, de David Koepp)
Johnny Depp interpreta um escritor que, após o fim de seu casamento, resolve se isolar numa cabana para escrever seu próximo romance. A tranquilidade acaba quando um homem misterioso aparece dizendo que o escritor plagiou uma de suas obras e passa a infernizá-lo. Inspirado na obra de Stephen King.

O livro de cabeceira (The pillow book, Peter Greenaway)
O filme conta a história de Nagiko (Vivian Wu), uma mulher apaixonada pela caligrafia oriental, que obtém prazer escrevendo sobre os corpos dos seus amantes. Filha de um calígrafo e escritor japonês de Kyoto, Nagiko aprendeu a amar a caligrafia com o pai, que festejava os aniversários da filha escrevendo versos em seu rosto e em suas costas.

Louca Obsessão (Misery, de Rob Reiner)
Também baseado na obra de Stephen King, o filme conta a história de um escritor (James Caan) que, após sofrer um acidente numa região isolada, é salvo por uma ex-enfermeira que é grande fã de seus livros. Mas ela se revela uma psicopata e passa a torturá-lo na intenção de fazê-lo mudar o final de seu livro mais recente.

21.8.09

Surrealismo invade o cineclube

Luis Buñuel costumava dizer que a moral burguesa é uma imoralidade. Talvez por isso o cineasta não costumava medir recursos para criticá-la em seus filmes, sendo "O Anjo Exterminador" (El Ángel Exterminador, 1962) um dos mais contundentes. O longa, último da fase mexicana do diretor, que viveu um tempo no país, foi o escolhido para encerrar o ciclo "Festa" do compulcine, que acontece na Editora Multifoco, na Lapa, a partir de 20h30.

Quem aparecer por lá no dia 25 vai entrar no universo surreal proposto por Buñuel: um grupo de ricaços é convidado para jantar numa suntuosa mansão após uma noite de ópera e, misteriosamente, não consegue mais deixar o local. Por alguma razão inexplicável, as pessoas não conseguem passar pela porta. A medida que o tempo vai passando, as convenções sociais cedem lugar para o instinto de sobrevivência, com generosas doses de egoísmo e violência.

Vale lembrar que, durante o filme, rola uma promoção de pipoca + refrigerante por R$ 7! A Editora Multifoco fica na Av. Mem de Sá 126, Lapa. A entrada é franca.

14.8.09

Terça-feira é dia de Hitchcock

No último dia 13 de agosto, o mestre do suspense Alfred Hitchcock, se vivo, comemoraria 110 anos de idade. Não precisou de tanta longevidade para produzir uma série de clássicos que entraram para a história do cinema. O compulcine aproveita a data (ok, admitimos: foi pura sorte, não sabíamos disso na hora de programar. mas veio a calhar, né?) para exibir, nesta terça, dia 18 de agosto, "Festim diabólico", mais uma das geniais obras do inglês, e que trouxe uma série de inovações ao seu cinema.

Para começar, é o primeiro filme em cores de Hitchcock. Mas o que impressiona mesmo no longa - além de, é claro, a conhecida capacidade do diretor de instaurar o clima de tensão e suspense crescente na tela - é como ele foi filmado e editado. Os 81 minutos do filme são divididos em cenas de, em média, 10 minutos. O filme tem apenas 8 cortes, feitos de modo quase imperceptível, para que o longa pareça um único plano-sequência. Ainda não havia, à época, tecnologia para filmar mais de 10 minutos ininterruptamente. O resultado é impressionante. Corrijam-me se estiver errada, mas não lembro de ter havido nada parecido com isso até 2002, 54 anos depois, quando o diretor russo Alexandr Sukurov filmou "Arca russa", um longa de 96 minutos gravado em apenas um take. Segundo essa matéria da revista Época, os atores ensaiaram durante oito meses e o filme teve 2 mil figurantes.

Quem quiser conferir a obra-prima, basta aparecer nesta terça-feira no compulcine! É grátis! Às 20h30, na Editora Multifoco, na Av. Mem de Sá 126, Lapa. Durante o filme, rola uma promoção de pipoca + refrigerante a $7! Acompanhe a gente pelo twitter (@compulcine) e também na nossa comunidade no Orkut! Em breve, lançaremos lá uma enquete sobre o próximo ciclo!

8.8.09

Noite de estreia

Diante da correria dos últimos dias, nem deu para registrar aqui como foi a estreia do compulcine na terça passada, dia 4. Mas vamos lá:

O pessoal começou a chegar as 20h e logo se acomodou no segundo andar, onde o filme seria exibido. Teve gente que chegou ainda mais cedo, para garantir lugar. E houve também quem acabou sentando no chão. Falando nisso, já estamos com algumas ideias para aumentar a capacidade: na próxima terça, dia 11, quando exibiremos "Um convidado bem trapalhão", do Blake Edwards, pretendemos aproveitar o palco, que estará vazio (sem os equipamentos dos DJs) para criar novos lugares. E também devemos levar almofadas para garantir um conforto maior a quem quiser se ajeitar pelo chão. Afinal, o mais importante é não perder o filme!

E falando em filme, "A noite" começou pontualmente as 20h30 e, em seguida, tivemos uma festa de lançamento com os DJs da Yellow Submarine e da Benflogin, que tocaram rock e MPB. Também tiramos fotos que depois vamos disponibilizar aqui.

A gente gostou... Resta saber o que vocês acharam. A opinião de todos é muito importante para que o evento dê certo e possa melhorar cada vez mais. Então comentem... E até a próxima terça!

3.8.09

Tá chegando!

Nesta terça-feira, finalmente, rola a estreia do compulcine! A partir das 20h, vamos exibir "A noite", de Michelangelo Antonioni, e depois, a partir de umas 22h30m, rola a festa de lançamento, com a participação dos DJs Junior du' Jorge e Cícero Lins.

Para quem quer assistir ao filme, minha recomendação é que chegue cedo, já que são apenas 40 lugares! A exibição é gratuita (quem não quiser/puder ficar e for embora antes do início da festa, às 23h, não paga nada). Depois do filme, cadeiras saem e o espaço vira uma pista de dança, com mais espaço para acomodar todo mundo! A festa custa a módica quantia de R$ 10, que vão te dar o direito de bailar ao som do nosso setlist, que inclui rock, pop e música boa em geral.

Qualquer dúvida, escrevam pra gente: compulcine@gmail.com

30.7.09

Filipeta no forno


Em fase de gestação, a filipeta do mês de estreia do compulcine foi concebida pela genial Fabíola Gerbase, nossa colega de trabalho e talento perdido pelo design para o jornalismo. Olha só a frente, que luxo. Em breve, o blog ganha essa cara também. Vai admirando.

24.7.09

Notícias da estreia

Como já estamos chegando mais perto da data de estreia e algumas dúvidas surgiram nos comentários, vamos aos esclarecimentos e às novidades!

No primeiro dia, como vocês já sabem, vamos exibir "A noite", de Michelangelo Antonioni, primeiro filme do ciclo "festas", que terá ainda na programação "Um convidado bem trapalhão", de Blake Edwards, "Festim diabólico", de Alfred Hitchcock, e "O anjo exterminador", de Luis Buñuel.

O cineclube será gratuito, todas as terças-feiras. Quem quiser ficar para a festa de lançamento (sim, é aberta a todos, e quanto mais gente melhor!) vai pagar a módica quantia de R$10. E eu recomendo que fique sim, porque teremos a participação, como DJs convidados, dos meninos bacanas das festas Yellow Submarine e Benflogin (Junior Du'Jorge e Cícero Lins).

O filme começa às 20h e a festa vem logo em seguida (por volta das 23h). A Editora Multifoco fica na Av. Mem de Sá 126, na Lapa. É perto da esquina com a Rua Gomes Freire.


19.7.09

D.R de madrugada

Apesar de fazer parte da consagrada trilogia da incomunicabilidade, dirigida pelo italiano Michelangelo Antonioni, muito é dito (e insinuado) em "A noite", filme de abertura do Compulcine, que estreia no dia 4 de agosto. O casal em crise formado por Giovanni (Marcello Mastroianni) e Lidia (Jeanne Moreau) não só discute a relação, como também reflete sobre o tédio e a solidão de suas vidas em meio a uma festa da alta sociedade de Milão. Mas não espere uma solução: o diretor se limita apenas a registrar o que acontece quando um homem e uma mulher percebem que algo vai mal no casamento, mas não apresenta nenhuma saída para o impasse. Será possível vencer o cordão de isolamento imposto pelo silêncio e a rotina? Apareça e tire suas próprias conclusões...

5.7.09

Pra começar...

Tem novidade na Lapa: o compulcine é o novo cineclube da cidade, que estreia na Editora Multifoco no dia 4 de agosto querendo se soltar de amarras, rótulos e algemas. A única regra é: só passamos filmes bons!


Para não virar um samba do crioulo doido, os filmes estarão divididos em ciclos temáticos. Um tema, um mês, quatro filmes. No final de cada ciclo, rola uma festinha. Mas como o negócio não tem regra mesmo, no primeiro mês a festa é antes, no primeiro dia, para celebrar o lançamento. Os DJs ainda estão sendo negociados, mas seguem o conceito dos filmes: vai ser só música boa!


E se o início é com festa, o ciclo acompanha a empolgação: no mês de agosto, só filmes que se passam em festas. Lembrou de algum? A estreia, no dia 4, é com um clássico do cineasta italiano Michelangelo Antonioni. "A noite" é parte da famosa trilogia da incomunicabilidade (junto a "A aventura" e "O eclipse) do diretor e aborda a desgastada relação do casal Marcello Mastroianni e Jeanne Moreau. Uma estonteante Monica Vitti participa como coadjuvante de luxo da história.


Anota na agenda: dia 4 de agosto, a partir das 20h, na Editora Multifoco. A festa começa às 23h. Acompanhe as novidades seguindo a gente pelo twitter (@compulcine).